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Mindfulness: como a meditação ajuda na depressão

 

Mindfulness: como a meditação ajuda na depressão 

 

A meditação mindfulness é uma prática que tem ganhado cada vez mais atenção nos últimos anos como uma ferramenta eficaz no tratamento da depressão. A depressão é uma doença mental que afeta milhões de pessoas em todo o mundo e pode ter um impacto significativo na qualidade de vida. 

 

Embora existam várias formas de tratamento, muitas pessoas buscam opções naturais e não-invasivas para aliviar os sintomas desse transtorno, e a meditação mindfulness é uma das opções mais promissoras.

 

O que é mindfulness?

 

Mindfulness, que poderia ser traduzido como “atenção plena”, é a prática de meditação que consiste em se concentrar no momento presente. Dessa forma, é uma das principais técnicas utilizadas para reduzir o estresse, melhorar o sono, aumentar a concentração e diminuir a ansiedade. Todos esses benefícios são muito importantes no tratamento do transtorno.

 

A ideia da meditação Mindfulness é treinar a mente para se concentrar no aqui e agora, sem se preocupar com o passado ou o futuro. Essa prática auxilia na redução de ansiedade e estresse, além de aumentar a sensação de calma e equilíbrio, já que essa meditação envolve a realização de exercícios de respiração e de visualização, bem como a focalização da atenção na experiência sensorial presente.

 

Como a meditação mindfulness pode ajudar na depressão?

 

Essa prática de meditação oferece diversos benefícios, e realizá-la durante 10 minutos por dia pode auxiliar na prevenção de recaídas na depressão após um período de estabilidade. 

 

Em 2016, um estudo da Jama Psychiatry mostrou que pacientes que praticam a meditação mindfulness possuem um risco significativamente menor de voltarem a estados depressivos. Portanto, esse exercício é essencial para quem busca tratar a saúde mental de forma segura e eficiente. 

 

Existem vários mecanismos pelos quais a meditação mindfulness pode ajudar a aliviar os sintomas da depressão: a prática regular de meditação ajuda a melhorar a autoestima, reduzir o estresse, aumentar a resiliência, melhorar a qualidade do sono e diminuir a ansiedade. Isso pode ter um efeito positivo no humor e na capacidade de lidar com os desafios do dia a dia. 


Além disso, a meditação mindfulness pode ajudar a melhorar a regulação emocional. Muitas pessoas com depressão lutam para lidar com emoções negativas, o que pode levar a um ciclo vicioso de pensamentos negativos e emoções. Nesse sentido, esse exercício auxilia o paciente a construir a consciência do momento presente e manter longe os pensamentos destrutivos.

 

 Quando estamos deprimidos, muitas vezes estamos presos em pensamentos sobre o passado ou o futuro, e nos sentimos impotentes para mudar nossa situação atual. O mindfulness nos ensina a prestar atenção ao que está acontecendo atualmente, sem julgamento ou crítica. Isso pode ajudar a interromper o ciclo de pensamentos negativos que podem estar contribuindo para a depressão.

 

O mindfulness também pode nos ensinar a desenvolver uma maior compaixão por nós mesmos e pelos outros. Quando estamos deprimidos, muitas vezes somos muito críticos de nós mesmos, levando a sentimentos de vergonha e culpa. Essa prática ajuda se tornar mais consciente desses pensamentos críticos e a desenvolver uma abordagem mais gentil e compassiva para nós mesmos através do autoconhecimento.

 

Confira mais benefícios da meditação mindfulness aqui!

 

Como praticar a meditação mindfulness?

A meditação da atenção plena envolve sentar-se em silêncio e concentrar-se na respiração ou em outras sensações físicas no corpo. Quando a mente começa a vagar, o praticante nota os pensamentos e gentilmente os traz de volta ao foco da meditação.

 

Faça os seguintes exercícios antes de explicarmos melhor os passos para a meditação mindfulness:

  • Foque na sua respiração por 10 segundos;
  • Preste atenção nas sensações no seu corpo quando você respira e inspira;
  • Sem julgar se são boas ou ruins, tente descrever as sensações para você mesmo (por exemplo, a sensação de contração do seu corpo, as batidas do coração, sentimento de relaxamento, etc.). 

Se você conseguiu realizar esses passos, parabéns! Você completou uma prática de meditação mindfulness de 10 segundos. Essa técnica pode ser praticada durante o seu dia a dia, como, por exemplo, durante uma caminhada ou durante o banho. 

Mindfulness é prestar atenção ao presente momento, sem julgar o que você irá encontrar.  Esse resultado pode ser atingido ao simplesmente fechar os seus olhos e perceber o que está acontecendo dentro de você. Alguns praticantes também preferem utilizar essa técnica de olhos abertos: seja olhando para a parede, admirando as cores do céu ou a sensação do vento no rosto. Isso significa que a meditação mindfulness é, basicamente, prestar atenção àquilo que acontece e manter seus pensamentos no presente. É possível realizar esse exercício em 5 passos simples:

 

5 passos para praticar a meditação mindfulness durante quadros depressivos:

  1. Direcione o seu foco para o momento presente, por exemplo, preste atenção nos sons e cheiros ao seu redor, na sua respiração ou nas sensações do seu corpo;
  2. Tente não julgar aquilo que você encontrar;
  3. Se distraia com seus pensamentos (essa parte é natural, e é como a mente humana funciona);
  4. Quando você se distrair, gentilmente se torne de volta ao momento presente;
  5. Repita os passos 1 a 4 novamente, até que você se sinta mais relaxado.

 

Embora não seja uma cura instantânea, a prática regular do mindfulness pode ajudar o paciente a desenvolver uma abordagem mais compassiva para si mesmo e para os outros, bem como a encontrar uma sensação de calma e paz interior que pode ser difícil de encontrar quando estamos deprimidos.

 

Como inserir a prática da meditação na rotina?

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Entenda o porquê a depressão é mais prevalente em mulheres

Depressão feminina: entenda o porquê desse transtorno ser mais prevalente em mulheres

A depressão é um distúrbio mental que pode afetar todos os gêneros e faixas etárias, porém, de acordo com uma pesquisa da OMS ela tende a ser mais prevalente em mulheres. 

Isso se dá principalmente devido às mudanças hormonais intensas vividas pelas mulheres ao longo do ciclo menstrual e da vida como um todo, mas alguns fatores podem aumentar o risco do desenvolvimento de um quadro depressivo. 

 

Principais fatores de risco 

Alguns fatores de risco enfrentados por mulheres são:

  • Hereditariedade genética;
  • Alterações hormonais ao longo do ciclo; 
  • Estresse;
  • Efeitos adversos de medicamentos, tais quais anticoncepcionais;
  • Presença de algumas doenças, como a distúrbios da tireoide; 
  • Gravidez e pós-parto.

Sintomas da depressão em mulheres

A presença de um ou mais sintomas de maneira leve e por curto período de tempo não é suficiente para o diagnóstico.

De uma maneira geral, a depressão pode se manifestar de formas diferentes em pessoas diferentes. Aqui estão listados alguns dos sintomas mais comuns que merecem atenção. 

  • Tristeza persistente,
  • Pensamentos negativos sobre si mesma;
  • Sensação de desamparo;
  • Baixa autoestima;
  • Variações de humor;
  • Perda de interesse em atividades;
  • Alterações no apetite;
  • Problemas para dormir;
  • Dificuldades para se concentrar e memorizar coisas.

Hormônios femininos e depressão

Muitas vezes o ciclo hormonal feminino pode ser uma verdadeira montanha russa, mas o que muitos não sabem é que isso pode se tornar um fator de risco para a depressão. 

O estrogênio e a progesterona são alguns hormônios femininos que têm grande influência no humor da mulher, eles são os grandes responsáveis pelos altos e baixos durante as diferentes fases da vida de uma mulher. 

As variações desses hormônios durante o ciclo menstrual mas, sobretudo na menopausa, gravidez e no pós-parto podem ser consideradas fatores de risco para o desenvolvimento de depressão. Grande parte dos métodos contraceptivos são à base destes hormônios, também podendo afetar o desenvolvimento da depressão. 

De acordo com um estudo desenvolvido pelo psiquiatra Antonio Egidio Nardi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), antes da menopausa, a incidência de depressão é pelo menos duas vezes maior nas mulheres. Após a menopausa das mulheres, é a mesma para os dois sexos, o que demonstra a influência dos hormônios femininos na depressão. 

Alguns distúrbios que afetam a produção hormonal feminina, como o hiper e o hipotireoidismo, em alguns casos podem resultar no desenvolvimento da depressão.

Depressão pós-parto

A depressão pós-parto afeta entre 10 a 15% das mães até seis meses após o nascimento do bebê, sendo que somente no Brasil, são registrados mais de 2 milhões de casos por ano.

Ao contrário do que muitos pensam, ela não acomete apenas mães que tiveram alguma complicação gestação ou parto. Mesmo nas situações em que a criança nasceu saudável, muitas mães sentem uma espécie de melancolia que parece não ter explicação. 

Esses sintomas podem começar inclusive anteriormente ao parto, sendo conhecido como depressão perinatal. A causa exata não é conhecida, mas a queda na produção de estrogênio e progesterona tem um forte impacto no desenvolvimento dos quadros depressivos. 

Quanto à prevenção, o ideal é estar atento ao aparecimento de sintomas, sobretudo em mulheres que já manifestaram quadros depressivos anteriormente porque a possibilidade de o episódio se repetir é grande e quanto antes o tratamento for instituído, melhor.

Os principais sintomas da depressão perinatal e pós-parto são: tristeza, cansaço extremo, sentimento de culpa intenso, além do sentimento de incapacidade de cuidar do filho.

Buscar ajuda é importante!

Se você está experienciando alguns desses sintomas com frequência, não ignore! 

O diagnóstico precoce é fundamental para uma maior qualidade de vida, e para um tratamento mais rápido e efetivo. 

Você também pode aliar os tratamentos convencionais com tratamentos naturais para a depressão  e outras atividades que vão te ajudar durante as crises. 

 

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