A depressão é uma doença que atinge entre 15% e 20% da população mundial. Causada por uma complicada combinação de fatores biológicos e psicológicos, que vão desde a diminuição da produção de hormônios do prazer até a diminuição de regiões do cérebro como o hipocampo, ela é caracterizada por diversos sintomas como tristeza, angústia, desânimo, cansaço excessivo, perda do interesse em atividades prazerosas, dificuldade de concentração e até mesmo a perda de memória recente.
A química da depressão
Uma das hipóteses muito exploradas para a depressão é chamada monoaminérgica, e estuda a correlação entre a quantidade de neurotransmissores no cérebro de pessoas diagnosticadas com depressão.
Os neurotransmissores são responsáveis por realizar a comunicação entre os neurônios, por isso, a ausência desses é responsável por causar uma menor sensibilidade dos neurônios em efetivar os estímulos, fazendo com que o humor seja afetado, assim como a energia e o prazer nas atividades.
Serotonina, noradrenalina, dopamina, glutamato e acetilcolina são os principais neurotransmissores cuja diminuição está associada ao aparecimento de quadros depressivos.
Além dos aspectos químicos, a depressão também afeta o cérebro de maneira fisiológica, a partir da hipoativação do córtex pré-frontal e do hipocampo, e da hiperativação da amígdala, regiões do cérebro que juntas constituem o sistema límbico.
O hipocampo e o córtex pré-frontal
O hipocampo e o córtex pré-frontal são regiões do cérebro que fazem parte do sistema límbico, conhecido como o seu centro emocional, responsável pela mediação das nossas ações perante situações novas, assim como pelo registro dessas situações em nossa memória.
Juntamente com o córtex pré-frontal, o hipocampo tem como uma das principais funções a regulação das respostas ao estresse, fazendo com que seja particularmente vulnerável aos efeitos do estresse excessivo ou crônico.
Em pessoas que apresentam um quadro depressivo recorrente e não tratado, a plasticidade dos neurônios do hipocampo, assim como a própria produção de novos neurônios fica afetada, fazendo com a capacidade do hipocampo em lidar com o estresse seja prejudicada, podendo levar a uma dificuldade de mediar mesmo pequenas situações.
A diminuição na neuroplasticidade do hipocampo, e na produção de novos neurônios nessa região é responsável também pela perda de memória, dificuldade de concentração, letargia e apatia em pessoas depressivas.
Estudos também revelaram que há mudanças no córtex órbito-frontal (OFC) medial e lateral de pessoas depressivas. O OFC medial é responsável pelo processamento de eventos positivos, que geram alegria, enquanto que o OFC lateral, por sua vez, processa nossas reações a eventos negativos. Em pessoas depressivas, o OFC lateral está muito mais ativo que o medial, fazendo com que memórias negativas predominam no cérebro.
Depressão e a amígdala
A amígdala é uma região localizada no interior do cérebro, e altamente responsiva a estímulos fortes, como recompensas, traumas e também picos de estresse, que são interpretados como ameaças potenciais.
Na depressão, a amígdala é hiperativa e responde excessivamente a eventos negativos, ela se conecta a um conjunto de regiões cerebrais que dispara a resposta fisiológica e comportamental aos estímulos emocionais.
Como o tratamento pode ajudar
Atualmente, o tratamento mais tradicional para a depressão tem como foco a reposição dos neurotransmissores, podendo focar em apenas uma substância, ou em mais, que são os casos dos medicamentos combinados.
A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) atua sobre o lobo frontal do cérebro, restaurando a atividade cerebral e diminuindo os sintomas depressivos. Quando combinados, o uso de medicação com a ETCC podem proporcionar uma diminuição muito mais rápida dos sintomas da depressão.
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