7 principais sintomas da depressão

7 principais sintomas da depressão

O estigma da tristeza é a face mais comentada quando o assunto é depressão. Mas é importante lembrar que ela não se restringe apenas a esse sintoma. Uma vez que a depressão é um grave transtorno de humor. Sendo assim, é importante considerarmos que os sintomas da depressão vão além de mudanças intrapessoais. Isto é, não estão relacionados somente com a consciência acerca das próprias emoções. O transtorno depressivo também pode afetar a percepção, a maneira de lidar com a rotina, bem como o relacionamento com as pessoas. O intuito deste blog, portanto, é evidenciar que não se pode resumir o quadro de transtorno depressivo associando-o apenas ao sentimento de tristeza. E para isso, trouxemos outros 7 principais indícios que se relacionam intrinsecamente com a doença. Continue conosco e saiba mais!

O transtorno

Uma das causas é verificada por desequilíbrios químicos dos neurotransmissores. Isso significa que não é uma simples fase, que é só “dar a volta por cima”. Esse desequilíbrio pode alterar uma cadeia de respostas em variadas funções do nosso corpo. Por essa razão é importante a aceitação do diagnóstico para, assim, compreender a situação como um todo. Já que os sintomas da depressão, como já foi possível averiguar, acabam por refletir em todas as esferas da nossa vida: intra e interpessoais.

Quais os sintomas da depressão?

É claro que cada organismo reage de modo particular aos estímulos químicos, ou nesse caso, à falta deles. Mas é preciso que os sintomas apresentem uma certa constância para que o diagnóstico seja dado ao paciente. Esse tempo de observação deve durar pelo menos 2 semanas. Depois disso, já é possível receber um diagnóstico mais assertivo. Tendo isso em vista, trataremos, a seguir, de alguns dos sintomas recorrentes nos casos de transtorno depressivo. Cada indivíduo pode apresentar um conjunto distinto de sintomas que podem variar, inclusive, em graus de intensidade. Mas isso não significa que a dor deva ser diminuída ou menosprezada. Já que cada um de nós carrega um universo particular que precisa ser tratado de acordo.

Chamado também de anedonia, este é um sintoma marcante da manifestação da doença. É um dos pontos de alerta para o diagnóstico da depressão. Tendo em vista que a falta de prazer por atividades que antes traziam satisfação, pode levar a um sentimento de “vazio existencial.” É como se o entorno não fosse mais capaz de alterar o nosso humor, nem para positivo e nem para negativo. A sensação é de total desconexão com o mundo, com a necessidade das atividades e com as pessoas. Este sintoma normalmente vem acompanhado de outros como desânimo, cansaço excessivo e falta de energia.

Ele se dá em função de uma falha no controle de respostas emocionais. Pois há a diminuição da liberação de dopamina – neurotransmissor responsável pela sensação de prazer e bem-estar – diminuindo a satisfação na realização das tarefas. Logo, o que antes era associado como positivo, não é mais assim “entendido” pelo nosso sistema neural. O prazer se torna obrigação e, com isso, o peso das tarefas se intensifica.

Quando não enxergamos a depressão como um problema real e de caráter clínico, ela pode ser encarada como “fraqueza”. E sentir-se fraco pode levar a outros sentimentos como culpa, inutilidade ou desamparo. Não há culpa em estar depressivo. Isso não quer dizer que perdemos a batalha. Já que muitas vezes nem sequer sabemos apontar os gatilhos que desencadearam a doença. E não dá para ser culpado de uma não-escolha, não é mesmo?

A fadiga ou a falta de energia podem estar relacionadas a vários fatores. Mas nem sempre o descanso é capaz de suprir essa sensação de cansaço permanente. Para os pacientes com depressão, buscar energias se torna uma tarefa árdua. Até mesmo para as tarefas mais simples e corriqueiras. Visto que elas podem exigir esforços substanciais e exagerados. Esse sintoma é um dos mais recorrentes no quadro da doença. Com isso os processos diários se tornam mais lentos, dificultando, por exemplo, o estabelecimento de uma rotina.

A sensação de perda da capacidade de sentir, além da tristeza, abre espaço para um “vazio” persistente. Chegamos até a acreditar que esse sentimento é irreversível. Como se a alegria não tivesse mais espaço dentro das nossas emoções. O mundo sem cores e sem esperança representa este sintoma da depressão.

A perda da vitalidade e do prazer pode ser comparada à dor do luto. Em que a desesperança e o pessimismo tomam conta de tudo que nos rodeia. É como se imaginar sendo um grande peso. Peso para as pessoas, para a vida e para o mundo. Não há esperança em redescobrir as boas sensações. E é a partir daí é que estar vivo se torna uma luta diária.

O automatismo do pensamento e das reações é substituído pela dor intransponível dos esforços. A concentração parece exigir mais afinco. O pensamento se torna mais lento e as tarefas simples revelam-se intermináveis. O dia a dia se torna caótico pela falta de controle dos próprios pensamentos.

É comum que exista uma busca incessante pela resolução dos problemas causadores do transtorno. A insônia está ligada à preocupação constante e, por isso, não se consegue “desligar”. Já com a hipersonia, o sono é visto como um ambiente de fuga. Desse modo, dormir o máximo possível significa não ter que lidar com o mundo. Em qualquer um dos casos, a qualidade do sono é prejudicada, afetando nossa produtividade e rendimento.

Como proceder quando os sintomas da depressão aparecem?

Antes de tudo, a busca por um profissional é imprescindível. Os sintomas da depressão podem ser entendidos como alertas. É necessário um diagnóstico clínico para, então, buscar métodos de tratamento mais adequados e satisfatórios aos pacientes. A depressão é uma doença. O estigma de que “é só uma fase” prejudica o acompanhamento da evolução do quadro. O tratamento não é inflexível, devemos nos sentir confortável com os métodos adotados. Mesmo nos estágios mais leves, o tratamento é a melhor saída. Quanto antes dar início aos protocolos de intervenção, maior o nível de eficácia dos resultados. Lembre-se, você não está sozinho nessa luta!