A aplicabilidade da neuromodulação em saúde varia de acordo com a finalidade e com o uso. Dos tipos disponíveis, alguns são bem mais utilizados que outros. Mas o que ambos têm em comum é a abertura de possibilidades dentro do campo da medicina. Continue a leitura para ter uma visão mais geral sobre o tema, desde definições, características, formas de aplicação e o que a revisão literária pode nos trazer como fonte de informação e possíveis avanços na área!
O que é Neuromodulação
A neuromodulação abrange uma área da medicina em que as técnicas de tratamento são baseadas na estimulação direta de redes neurais. Seja através de campos magnéticos ou elétricos, o importante a ser observado é que este tipo de terapia é extremamente direcionada.
E dentro dessa área, existem métodos que atuam fundamentados em princípios diferentes. As principais são a EMT (estimulação magnética transcraniana) e a ETCC (estimulação transcraniana por corrente contínua). Tanto uma quanto a outra têm o mesmo propósito: alterar o estado funcional do cérebro humano. Ativando, desativando ou mesmo restringindo certas regiões e funções neurais.
Esse tipo de técnica é baseada em estudos clínicos extensivos. Pois não é de hoje que a estimulação cerebral vem sendo amplamente utilizada para fins clínicos.
Invasiva ou não-invasiva?
Uma das questões que flutuam ao redor do tema da neuromodulação é sobre sua eficiência e quais os impactos para o corpo. Afinal, o tratamento é invasivo ou não? E a resposta mais simples para a questão é: podem ser os dois, revelando impactos tanto invasivos quanto não-invasivos. Porque o que vai avaliar esse tipo de parâmetro é a forma como a estimulação transcraniana é utilizada.
A história relata, já na Antiguidade, o uso da estimulação cerebral para fins medicinais, inclusive você pode encontrar históricos de estudos acerca do tema. Mas o que, de fato, precisamos colocar em pauta, é como essa discussão vem tomando força nas três últimas décadas. Em que medida e por que o interesse pela neuromodulação está ganhando cada vez mais destaque dentro da área da saúde?
É claro que dentro desse percurso houveram fases de puro fascínio e outras de obscuridade e incertezas. Em que os estudos ora sofreram preconceitos ora foram amplamente vangloriados. E essas oscilações são extremamente importantes para o desenvolvimento e sucesso das pesquisas e métodos.
E entre sucessos e fracassos, o século XX marcou uma importante revolução nos testes feitos com a estimulação elétrica. Já que os estudos realizados pelo médico Alberto Alberti abriram caminho para outras descobertas acerca do uso desses métodos. E como não só de conquistas e acertos esse caminho foi percorrido, o preconceito ainda latente tem relação com as experiências que tinham um caráter punitivo e não puramente terapêutico.
Aplicabilidade da Neuromodulação para tratamentos
Como são técnicas direcionadas e de fácil aplicação, elas podem ser aplicadas para uma gama de tratamentos. Incluindo disfunções físicas e/ou neurológicas. Como depressão, esquizofrenia, ansiedade, epilepsia, etc.
E não somente para fins puramente médicos e terapêuticos, mas também para tratamento de vícios, distúrbios ou mesmo para aumento das capacidades físico-motoras e cognitivas. Já que “mais recentemente surgiram evidências de que aspectos da cognição e do desempenho motor [que] podem ser aprimorados por meio de uma técnica chamada estimulação transcraniana por corrente contínua (ETCC).” (Steven E. Davis and Glen A. Smith; 2019)
Além do mais, segundo alguns autores, aspectos socioemocionais podem também ser influenciados pelo uso da estimulação cerebral não-invasiva. Como o aumento da capacidade de tomada de decisões de comando e controle. Habilidades extremamente importantes para o meio militar, por exemplo. Que com maiores evidências científicas e estudos mais aprofundados podem vir a integrar o método à rotina de treinamentos. Sempre prezando o bem-estar geral do ser e observando questões de efeitos colaterais.
Referências da literatura médica e acadêmica
“Os mecanismos de ação da ETCC estão sendo evidenciados por uma série de estudos em neurofisiologia, farmacologia, neuropsicologia, neuroimagem e estudos em animais experimentais.” O que significa que os avanços tendem a, cada vez mais, se consolidar dentro do mercado de tratamentos contra distúrbios neurológicos ou mesmo para aplicações visando a melhora de performance.
Os estudos continuam a comprovar a eficiência da neuromodulação não-invasiva para uso em saúde. E a técnica, que é segura para o uso em humanos, vem sendo difundida e ampliada a variadas formas, inclusive portáteis. E isso somente é possível por causa dos bons resultados em testes: que na última década não registrou nenhum efeito adverso. Você pode saber mais sobre a neuromodulação não-invasiva clicando bem aqui.