Entenda o porquê a depressão é mais prevalente em mulheres

Depressão feminina: entenda o porquê desse transtorno ser mais prevalente em mulheres

A depressão é um distúrbio mental que pode afetar todos os gêneros e faixas etárias, porém, de acordo com uma pesquisa da OMS ela tende a ser mais prevalente em mulheres. 

Isso se dá principalmente devido às mudanças hormonais intensas vividas pelas mulheres ao longo do ciclo menstrual e da vida como um todo, mas alguns fatores podem aumentar o risco do desenvolvimento de um quadro depressivo. 

 

Principais fatores de risco 

Alguns fatores de risco enfrentados por mulheres são:

  • Hereditariedade genética;
  • Alterações hormonais ao longo do ciclo; 
  • Estresse;
  • Efeitos adversos de medicamentos, tais quais anticoncepcionais;
  • Presença de algumas doenças, como a distúrbios da tireoide; 
  • Gravidez e pós-parto.

Sintomas da depressão em mulheres

A presença de um ou mais sintomas de maneira leve e por curto período de tempo não é suficiente para o diagnóstico.

De uma maneira geral, a depressão pode se manifestar de formas diferentes em pessoas diferentes. Aqui estão listados alguns dos sintomas mais comuns que merecem atenção. 

  • Tristeza persistente,
  • Pensamentos negativos sobre si mesma;
  • Sensação de desamparo;
  • Baixa autoestima;
  • Variações de humor;
  • Perda de interesse em atividades;
  • Alterações no apetite;
  • Problemas para dormir;
  • Dificuldades para se concentrar e memorizar coisas.

Hormônios femininos e depressão

Muitas vezes o ciclo hormonal feminino pode ser uma verdadeira montanha russa, mas o que muitos não sabem é que isso pode se tornar um fator de risco para a depressão. 

O estrogênio e a progesterona são alguns hormônios femininos que têm grande influência no humor da mulher, eles são os grandes responsáveis pelos altos e baixos durante as diferentes fases da vida de uma mulher. 

As variações desses hormônios durante o ciclo menstrual mas, sobretudo na menopausa, gravidez e no pós-parto podem ser consideradas fatores de risco para o desenvolvimento de depressão. Grande parte dos métodos contraceptivos são à base destes hormônios, também podendo afetar o desenvolvimento da depressão. 

De acordo com um estudo desenvolvido pelo psiquiatra Antonio Egidio Nardi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), antes da menopausa, a incidência de depressão é pelo menos duas vezes maior nas mulheres. Após a menopausa das mulheres, é a mesma para os dois sexos, o que demonstra a influência dos hormônios femininos na depressão. 

Alguns distúrbios que afetam a produção hormonal feminina, como o hiper e o hipotireoidismo, em alguns casos podem resultar no desenvolvimento da depressão.

Depressão pós-parto

A depressão pós-parto afeta entre 10 a 15% das mães até seis meses após o nascimento do bebê, sendo que somente no Brasil, são registrados mais de 2 milhões de casos por ano.

Ao contrário do que muitos pensam, ela não acomete apenas mães que tiveram alguma complicação gestação ou parto. Mesmo nas situações em que a criança nasceu saudável, muitas mães sentem uma espécie de melancolia que parece não ter explicação. 

Esses sintomas podem começar inclusive anteriormente ao parto, sendo conhecido como depressão perinatal. A causa exata não é conhecida, mas a queda na produção de estrogênio e progesterona tem um forte impacto no desenvolvimento dos quadros depressivos. 

Quanto à prevenção, o ideal é estar atento ao aparecimento de sintomas, sobretudo em mulheres que já manifestaram quadros depressivos anteriormente porque a possibilidade de o episódio se repetir é grande e quanto antes o tratamento for instituído, melhor.

Os principais sintomas da depressão perinatal e pós-parto são: tristeza, cansaço extremo, sentimento de culpa intenso, além do sentimento de incapacidade de cuidar do filho.

Buscar ajuda é importante!

Se você está experienciando alguns desses sintomas com frequência, não ignore! 

O diagnóstico precoce é fundamental para uma maior qualidade de vida, e para um tratamento mais rápido e efetivo. 

Você também pode aliar os tratamentos convencionais com tratamentos naturais para a depressão  e outras atividades que vão te ajudar durante as crises. 

 

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o que acontece no cérebro de uma pessoa com depressão

O que acontece no cérebro de uma pessoa em depressão?

A depressão é uma doença que atinge entre 15% e 20% da população mundial. Causada por uma complicada combinação de fatores biológicos e psicológicos, que vão desde a diminuição da produção de hormônios do prazer até a diminuição de regiões do cérebro como o hipocampo, ela é caracterizada por diversos sintomas como tristeza, angústia, desânimo, cansaço excessivo, perda do interesse em atividades prazerosas, dificuldade de concentração e até mesmo a perda de memória recente. 

A química da depressão

Uma das hipóteses muito exploradas para a depressão é chamada monoaminérgica, e estuda a correlação entre a quantidade de neurotransmissores no cérebro de pessoas diagnosticadas com depressão. 

Os neurotransmissores são responsáveis por realizar a comunicação entre os neurônios, por isso, a ausência desses é responsável por causar uma menor sensibilidade dos neurônios em efetivar os estímulos, fazendo com que o humor seja afetado, assim como a energia e o prazer nas atividades.

Serotonina, noradrenalina, dopamina, glutamato e acetilcolina são os principais neurotransmissores cuja diminuição está associada ao aparecimento de quadros depressivos. 

Além dos aspectos químicos, a depressão também afeta o cérebro de maneira fisiológica, a partir da hipoativação do córtex pré-frontal e do hipocampo, e da hiperativação da amígdala, regiões do cérebro que juntas constituem o sistema límbico. 

O hipocampo e o córtex pré-frontal

O hipocampo e o córtex pré-frontal são regiões do cérebro que fazem parte do sistema límbico, conhecido como o seu centro emocional, responsável pela mediação das nossas ações perante situações novas, assim como pelo registro dessas situações em nossa memória. 

Juntamente com o córtex pré-frontal, o hipocampo tem como uma das principais funções a regulação das respostas ao estresse, fazendo com que seja particularmente vulnerável aos efeitos do estresse excessivo ou crônico. 

Em pessoas que apresentam um quadro depressivo recorrente e não tratado, a plasticidade dos neurônios do hipocampo, assim como a própria produção de novos neurônios fica afetada, fazendo com a capacidade do hipocampo em lidar com o estresse seja prejudicada, podendo levar a uma dificuldade de mediar mesmo pequenas situações. 

A diminuição na neuroplasticidade do hipocampo, e na produção de novos neurônios nessa região é responsável também pela perda de memória, dificuldade de concentração, letargia e apatia em pessoas depressivas. 

Estudos também revelaram que há mudanças no córtex órbito-frontal (OFC) medial e lateral de pessoas depressivas. O OFC medial é responsável pelo processamento de eventos positivos, que geram alegria, enquanto que o OFC lateral, por sua vez, processa nossas reações a eventos negativos. Em pessoas depressivas, o OFC lateral está muito mais ativo que o medial, fazendo com que memórias negativas predominam no cérebro.

Depressão e a amígdala

A amígdala é uma região localizada no interior do cérebro, e altamente responsiva a estímulos fortes, como recompensas, traumas e também picos de estresse, que são interpretados como ameaças potenciais.  

Na depressão, a amígdala é hiperativa e responde excessivamente a eventos negativos, ela se conecta a um conjunto de regiões cerebrais que dispara a resposta fisiológica e comportamental aos estímulos emocionais.

Como o tratamento pode ajudar

Atualmente, o tratamento mais tradicional para a depressão tem como foco a reposição dos neurotransmissores, podendo focar em apenas uma substância, ou em mais, que são os casos dos medicamentos combinados.

A Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) atua sobre o lobo frontal do cérebro, restaurando a atividade cerebral e diminuindo os sintomas depressivos. Quando combinados, o uso de medicação com a ETCC podem proporcionar uma diminuição muito mais rápida dos sintomas da depressão. 

O Headset Flow é um aparelho que oferece a possibilidade de tratar a depressão com ETCC no conforto de casa, livre de efeitos colaterais e com redução dos sintomas em apenas 3 semanas.

depressão alto funcionamento

Compreendendo e tratando a depressão de alto funcionamento.

Passar pela vida com depressão pode ser uma experiência isoladora, especialmente quando não se manifesta da maneira que esperamos. Com a depressão de alto funcionamento, pode parecer que você está fazendo tudo certo e ainda está sofrendo. Isso porque, geralmente, os sintomas não se tornam tão debilitantes a ponto de se manifestarem externamente.

Para entender a depressão de alto funcionamento, é necessário isolar a primeira metade do termo. Você pode encontrar-se ainda trabalhando, concluindo tarefas e até participando de atividades sociais. E, no entanto, os efeitos negativos ainda estão lá. Desde a falta de energia até sentimentos de desesperança, os sintomas depressivos podem aumentar quando ignorados. Por outro lado, reconhecer e abordar um transtorno depressivo de alto funcionamento é como podemos começar a retomar o controle de nossas vidas. Entender a depressão de alto funcionamento é o primeiro passo para:

  • Lidar com sintomas internos e externos
  • Tratar a condição de saúde mental subjacente
  • Se tratar de uma maneira que te dê liberdade

 

Neste post, vamos detalhar tudo o que você precisa saber sobre a depressão de alto funcionamento.

O que é depressão de alto funcionamento?

Uma maneira útil de ver “alto funcionamento” é como uma condição de saúde mental difícil de detectar. Pessoas com depressão de alto funcionamento acham difícil reconhecer sua própria condição porque seus sintomas não são tão debilitantes externamente quanto aqueles com depressão grave. Eles ainda administram o trabalho e os relacionamentos e muitas vezes acreditam que estão apenas se sentindo tristes, não depressivos. É por isso que eles são menos propensos a procurar ajuda por conta própria.

De uma perspectiva externa, as pessoas com depressão de alto funcionamento podem ser percebidas como felizes e “bem-sucedidas”, mas a condição geralmente esconde um sofrimento interno, incluindo sintomas que variam de tristeza crônica a dificuldades de concentração e pensamentos suicidas.

A demografia da depressão de alto funcionamento

A depressão de alto funcionamento é um problema de saúde mental que tende a levar seus sofredores a acreditar que não precisam de ajuda. Afeta pessoas de todas as faixas etárias e nacionalidades, mas é mais comum em mulheres do que em homens.

O Instituto Nacional de Saúde Mental (NIMH) relata que a depressão maior afeta 6,7% dos adultos americanos. Aqueles que estão em maior risco são pessoas que relatam ter várias (duas ou mais) raças.

Qual é a sensação?

Como vimos, uma maneira útil de ver o “alto funcionamento” é como uma condição de saúde mental difícil de detectar. Isso porque nossa capacidade de funcionar é baseada na gravidade dos sintomas, não em nossa vontade ou motivação interna. Quando os sintomas depressivos estão presentes, mas não são visíveis, é mais difícil estar ciente do que está afetando você.

‘’A depressão é um transtorno de humor que afeta negativamente como você pensa, sente e age, e pode levar a uma variedade de cargas emocionais e físicas”.

Como “alto funcionamento”, o termo descreve um espectro. A forma como experimentamos a depressão é única para todos. A depressão de alto funcionamento se manifesta em uma série de experiências depressivas únicas de gravidade variável.

Como observa a professora de psiquiatria e neurologia Dra. Carol A. Bernstein:

“A questão com a depressão é por quanto tempo e quanto isso interfere na nossa capacidade de continuar com a vida?”

Então, em termos de depressão de alto funcionamento, como é essa interferência interna e externamente?

A resposta para isso pode ser extremamente complexa. Deixe-me compartilhar uma história pessoal para ajudar a explicar:

“Um tempo atrás eu estava lutando mentalmente. No entanto, ao mesmo tempo, pensei que estava administrando a vida. Eu não percebi que isso é o que significa ser de alto funcionamento. Eu sabia que a falta de energia e sentimentos de tristeza ao longo do dia eram uma forma de depressão. No entanto, eu também achava que apenas fazer as coisas era um sinal de que eu estava melhorando.

Eu apenas rotulei os sintomas depressivos que me impediam de funcionar. Isso criou muita confusão que eu poderia mascarar em público. Particularmente, internamente, meu humor e energia ainda estavam baixos, e isso levou à infelicidade crônica.”

Aproveitar as coisas tornou-se difícil, mesmo quando não se esperava que eu “funcionasse” porque esconder a depressão é exaustivo. Havia razões pessoais, emocionais e sociais para fazê-lo, mas elas só pioravam. É uma ladeira escorregadia semelhante à forma como a pressão social para esconder os sinais aumenta.

Como é a depressão de alto funcionamento do lado de fora

Por mais caótica que a depressão de alto funcionamento pareça por dentro, a imagem externa pode se apresentar de maneira muito diferente. Os sinais que as pessoas associam à depressão crônica geralmente não são visíveis. As pessoas podem assumir que você está bem, quando, na verdade, você não está.

Isso pode fazer você duvidar de suas lutas ou se sentir isolado. Exteriorizar essa dor às vezes pode parecer expressões inadequadas ou “excessivas” de raiva ou irritação. Essas explosões podem ser mal interpretadas pelos outros e despertar sentimentos de culpa porque pode parecer que você está atacando aleatoriamente, mas não é aleatório.

É importante notar que, embora a depressão possa desencadear explosões de raiva e demonstrações emocionais, nem a raiva nem as demonstrações emocionais são sintomas integrais da depressão de alto funcionamento. Ela pode se manifestar de muitas maneiras.

Então, quais sinais você deve observar?

A depressão de alto funcionamento é difícil de detectar, a menos que as pessoas a procurem. Conhecer os sintomas é vital. É melhor lidar com eles enquanto os sentimentos ainda são administráveis.

 

Mas como esses sintomas geralmente se apresentam?

Existem alguns sintomas-chave que as pessoas com depressão de alto funcionamento mostram que podem ser negligenciados ou mal compreendidos, pois não se encaixam nas imagens estereotipadas da depressão.

Esses incluem:

  • Incapacidade de se concentrar;
  • Falta de prazer em coisas que você costumava gostar;
  • Diminuição do interesse em socializar ou fazer algo divertido;
  • Distúrbios de sono;
  • Motivação diminuída;
  • Dificuldades de concentração;
  • Irritabilidade ou sentimentos de raiva quando não há causa aparente;
  • Sentimentos de culpa, desesperança e inutilidade, mesmo que você tenha conquistado muito na vida;
  • Pensamentos descontrolados;
  • Sentindo que não faz sentido continuar e que nada que você faz é eficaz;
  • Dificuldade em descobrir o que você precisa fazer ou como gastar seu tempo.

O que causa a depressão de alto funcionamento?

Existem várias causas de depressão. O sofrimento emocional prolongado é uma causa comum, assim como a experiência de um evento traumático, como a morte de um amigo ou familiar. Problemas para lidar com ansiedade, TEPT, doenças mentais pré-existentes, uma dieta pobre ou apenas muita exposição às mídias sociais podem desencadear a depressão.

A história familiar pode desempenhar um papel. A Stanford School of Medicine pesquisou a hereditariedade da depressão maior e estimou que até 50% dos casos podem ser genéticos. No entanto, como a pesquisa conclui, “ninguém simplesmente “herda” a depressão de sua mãe ou pai. Cada pessoa herda uma combinação única de genes, e certas combinações podem predispor a uma determinada doença.”

Outros fatores de risco de desenvolver depressão na idade adulta são a perda de um dos pais na infância ou o abuso quando criança. Dar à luz (depressão pós-parto), mudanças sazonais (Transtorno Afetivo Sazonal), abuso de álcool e problemas médicos também podem causar depressão.

Saber o que contribui e exacerba sentimentos de desesperança ou tristeza crônica nos ajuda a identificar e, com sorte, minimizar a exposição aos fatores externos que nos desencadeiam. Pode ser muito fácil perder certos gatilhos, especialmente aqueles com os quais nos envolvemos diariamente.

A conclusão é: os neurocientistas ainda não entendem completamente o que acontece no cérebro quando ficamos deprimidos ou exatamente o que causa a depressão. E de todos os vários fatores de risco conhecidos para o desenvolvimento de depressão geralmente, mais de um está envolvido quando uma pessoa fica deprimida.

Qualquer que seja a causa, qualquer pessoa que esteja lutando com um episódio depressivo de alto funcionamento merece muito autocuidado e apoio social genuíno.

Como tratar a depressão de alto funcionamento?

Há muitas maneiras de tratar a depressão. Algumas pessoas preferem a medicação, outras procuram a ETCC. Para outros, mudanças no estilo de vida ou psicoterapia são opções mais eficazes. O que é certo é que a maioria dos tratamentos funcionam melhor em combinação. Trabalhar com um psicólogo ou psicoterapeuta licenciado pode ajudá-lo a entender a raiz de sua depressão e fornecer suporte à medida que você encontra o tratamento complementar ou a combinação de tratamentos que funciona melhor para você.

Superando o estigma da saúde mental

Você já sentiu como se estivesse fingindo ou mascarando seus verdadeiros sentimentos ao longo do dia? Bem, você não está sozinho.

Em um estudo de 2021, 22% dos estudantes universitários dos EUA relataram sintomas depressivos graves durante o ano letivo de 2020-2021. Outros 19% relataram experimentar sintomas depressivos moderados. Quase metade dos entrevistados relatou lutar com alguma forma de depressão, variando de sentimentos de tristeza a pensamentos de suicídio.

A verdade é que os transtornos depressivos afetam mais pessoas, que por fora parecem estar bem, do que imaginamos. Infelizmente, os estigmas em torno dos transtornos mentais em geral envergonham as pessoas a esconder suas lutas.

De acordo com uma equipe de pesquisadores do King’s College London, Harvard Medical School e Organização Mundial da Saúde, nos países mais ricos do mundo, apenas uma em cada cinco pessoas recebeu tratamento minimamente adequado durante um período de 12 meses.

Mas evitar pedir ajuda e abandonar o tratamento apenas  aumenta os riscos.

Riscos de depressão de alto funcionamento não tratada

Revelar que você está lutando contra a depressão não é fácil, e isso é compreensível. Mesmo entre familiares, colegas e amigos, entrar em contato pode parecer difícil. O apoio de um profissional de saúde mental, entretanto, nem sempre é acessível.

No entanto, não chegar e atrasar as opções de tratamento pode prolongar e elevar os sintomas. Um estudo recente descobriu que o tempo que a depressão não foi tratada foi o indicador mais forte de quão graves seriam os sintomas futuros.

Em termos simples, a depressão não tratada só piora com o tempo. A depressão de alto funcionamento, quase por definição, pode tender a continuar por muito tempo.

Desafios de viver com depressão de alto funcionamento

Como os sintomas não tratados pioram com o tempo, o problema com a depressão de alto funcionamento é que você acaba perdendo a função com o tempo. Essa perda pode vir tão gradualmente que você não percebe até ficar em uma posição impossível.

Essa escalada torna o gerenciamento de suas emoções e relacionamentos mais estressante e pode distorcer seu senso de realidade. Você pode acabar se vendo como um fardo, mas não é. Você está simplesmente lidando com uma condição de saúde mental complexa, estigmatizada e não tratada.

Ok, você leu os sinais e está pronto para procurar ajuda… então, que tipo de ferramentas e suporte estão disponíveis?

Ferramentas de enfrentamento

Lidar com depressão de alto funcionamento ou qualquer tipo de depressão significa encontrar maneiras saudáveis ​​de reduzir seu impacto sobre você. Isso difere de escondê-lo, que enterra os sintomas. Em vez disso, encontrar métodos que facilitem a vida diária nos levará a uma cura a longo prazo. Aqui estão os métodos que recomendamos.

Foquem em cumprir pequenas metas diariamente. Isso pode parecer contra-intuitivo porque a depressão de alto funcionamento afeta você sem ser debilitante, mas o objetivo aqui não é simplesmente funcionar. A depressão afeta nossa motivação e autoestima. Pequenas atividades baseadas em objetivos dão a você uma sensação de realização sem sobrecarregar suas reservas de energia.

Descanse quando precisar. Sua capacidade de funcionar diminui à medida que a depressão persiste, então às vezes a melhor coisa a fazer é apenas descansar. Superar os sintomas depressivos pode fazer alguma coisa agora, mas o custo pode ser transferido para o dia seguinte e criar uma espiral.

Adicione exercícios à sua rotina diária. Não precisa ser uma atividade extenuante. Na verdade, deve ser algo que você goste e que possa fazer todos os dias, mesmo que seja apenas por alguns minutos. O exercício físico oferece efeitos que melhoram o humor e ajudam a regular o sono.

Pratique a atenção plena. Mindfulness é o processo de recuperar o controle de seus pensamentos e emoções para cuidar melhor do seu bem-estar mental. Para ajudar a incorporar a atenção plena, experimente nosso guia de meditação de 10 minutos.

 

Opções de tratamento

A maioria dos especialistas concorda que a melhor abordagem para a depressão clínica é encontrar a combinação certa de tratamento que aborde os aspectos biológicos e comportamentais de cada indivíduo. Onde os métodos de enfrentamento são coisas que você pode fazer por conta própria, o tratamento geralmente requer um profissional. Começar sua jornada para a recuperação da depressão pode ser assustador, mas os profissionais de saúde mental passam a vida aprendendo como ajudá-lo. Eles estão do seu lado, prontos para apoiar.

Em termos de abordagem combinada, as opções eficazes incluem:

Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). A TCC ajuda a quebrar ciclos de pensamento negativo e estabelecer rotinas comportamentais mais saudáveis. É um tratamento de psicoterapia que, com o apoio de um profissional de saúde mental, nos incentiva a estar mais conscientes de nossos pensamentos, emoções e crenças e remodelar a forma como os processamos para apoiar a jornada de cura. Criamos um aplicativo gratuito baseado em Terapia Comportamental que você pode baixar aqui (é 100% grátis para sempre!)

Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC). ETCC é uma técnica de estimulação cerebral não invasiva que trata a depressão por meio de uma corrente suave que estimula a atividade no cérebro. No tratamento da depressão, isso geralmente é para estimular um córtex pré-frontal dorsolateral hipoativo. Validado na última década, agora você pode acessar a técnica facilmente com nosso fone de ouvido ETCC portátil; clinicamente aprovado para uso doméstico.

Medicamento antidepressivo. Com a ajuda de um psiquiatra, a depressão pode ser tratada com antidepressivos. Tanto a TCC quanto a ETCC podem ser combinadas com medicamentos antidepressivos. Antes de escolher esta opção de tratamento, certifique-se de discutir os efeitos colaterais e os sintomas de abstinência com seu médico.

Como apoiar um ente querido com depressão de alto funcionamento:

Se você tem um ente querido lutando contra a depressão de alto funcionamento, aqui estão algumas maneiras de apoiá-lo.

Tenha em mente que a depressão muda a maneira como as pessoas pensam. Os psicólogos se referem a esse fenômeno como distorção cognitiva. Uma pessoa deprimida pode interpretar eventos neutros como negativos. Por exemplo, alguém diz que você está bem, você acha que eles não querem dizer isso. Ou seu chefe lhe diz o quão bom seu trabalho foi, você diz a si mesmo que qualquer um poderia tê-lo feito. Você tem um desentendimento com um ente querido, você diz a si mesmo que é porque você é um fracasso. Pessoas deprimidas inerentemente leem pistas ambíguas de uma forma negativa.

Separe a pessoa do sintoma. Ao apoiar um ente querido, tente não atribuir a culpa a nenhum de vocês. Isso ajuda a reduzir o estigma porque evita confundir sintomas com caráter.

Peça por ajuda. Ajudar um ente querido a lidar com a depressão pode ser um quebra-cabeça complexo, mas você não precisa resolvê-lo sozinho. É importante pedir ajuda para você quando precisar. Nem sempre é um passo fácil, mas pode ser imensamente importante. Aqui estão alguns dos melhores conselhos de nossos psicólogos sobre como ajudar alguém com depressão.

E agora?

A depressão de alto funcionamento é um problema real para muitas pessoas. Se você é uma dessas pessoas, saiba que sempre há uma razão para ter esperança. Existem ferramentas de enfrentamento, tratamentos e pessoas prontas para apoiar sua recuperação. Nunca é tarde demais para reconhecer os sinais e estender a mão.

Gerenciar e curar a depressão de alto funcionamento é uma jornada, mas não precisa ser solitária.

Precisa de ajuda agora? Experimente nosso aplicativo gratuito de depressão e acesse mais de 50 sessões de terapia virtual, um programa de tratamento abrangente e rastreador de sintomas para guiá-lo para uma melhor saúde mental.

 

Este artigo foi traduzido, para ver a versão original clique aqui 

meditação

5 benefícios da meditação para o tratamento contra a depressão

Tem se tornado cada dia mais comum a discussão a respeito de tratamentos alternativos para doenças como ansiedade e depressão. Dessa forma, muito se ouve a respeito da atividade física e seus benefícios, porém, exercitar a mente também é uma excelente opção para quem busca uma melhora no quadro depressivo.

Nos últimos anos, pesquisas científicas vêm comprovando que a meditação, mais do que relaxar, pode ter efeitos concretos sobre a saúde de uma pessoa. A meditação de plena consciência (ou mindfulness), uma técnica budista que consiste em parar de pensar em si e se concentrar exclusivamente no presente, foi o tipo da prática mais associada a benefícios à saúde, como o fortalecimento emocional, mental, social e cognitivo.

Tais efeitos foram observados principalmente em pessoas que praticavam o mindfulness a mais tempo, por cerca de 30 minutos por dia. Além do bem-estar geral provocado pela prática da meditação, também é possível traçar efeitos pontuais da meditação nos principais sintomas da depressão e ansiedade.


1- Diminuição do estresse e ansiedade

Um estudo conduzido por pesquisadores do Davis Center for Mind and Brain da Universidade da Califórnia, onde analisaram o nível de adrenalina, cortisol e endorfinas antes e depois de um grupo de voluntários meditar, concluiu que pessoas que meditam têm uma diminuição na produção de adrenalina e cortisol, hormônios associados a distúrbios como ansiedade e stress, e um aumento na produção de endorfinas, hormônios ligados à sensação de felicidade.

Além de funcionar na prevenção, a meditação também se apresentou como um remédio. Esse efeito foi percebido pelos pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, a partir da análise enfermeiras do hospital da Universidade do Novo México que sofriam com sintomas de estresse pós-traumático e, ao realizarem sessões de alongamento e meditação, experienciaram uma redução nos níveis de cortisol de 67%.

Resultados parecidos foram observados entre refugiados de guerra do Congo, onde o grupo que meditou ao longo de um mês viu os sintomas de stress pós-traumático reduzir três vezes mais do que as pessoas na mesma situação que não meditaram.


2- Aumento da concentração

Um sintoma muito comum em casos de depressão e ansiedade é a dificuldade em se concentrar. Quando aplicadas corretamente, as técnicas de meditação, em especial mindfulness, são muito eficientes para aumentar o foco.

Exercitar a mente através da meditação, a longo prazo, proporciona um maior controle sobre os pensamentos, fazendo com que você consiga direcionar sua atenção com muito mais facilidade e por períodos mais longos, ajudando também na realização de tarefas do dia a dia, como estudo ou trabalho.

3- Maior qualidade do sono

Outro sintoma muito recorrente em pacientes com quadros depressivos é a  insônia, que pode se apresentar tanto como a dificuldade em adormecer, quanto como um sono agitado e de baixa qualidade.

Técnicas de relaxamento profundo e mindfulness, quando colocadas em prática ao longo do dia, podem melhorar a quantidade e a qualidade do sono. Esse efeito foi confirmado em 2008, em um estudo conduzido no Northwestern Memorial Hospital, de Illinois, onde cinco pessoas que sofriam de insônia crônica foram submetidas a meditação durante dois meses.

Após o final do estudo, os participantes passaram a dormir duas horas a mais por noite e alcançaram níveis de sono REM, em que o corpo se encontra mais relaxado, mais próximo do considerado saudável.

 

4- Espirais de pensamento negativo

As espirais de pensamento negativo são caracterizadas principalmente por momentos nos quais um pensamento ruim ativa uma emoção, que então acarreta em uma cascata de pensamentos e emoções ainda mais fortes.

Essas espirais acabam fazendo com que a pessoa que apresenta um quadro depressivo não consiga sair desse ciclo, desencadeando muitas vezes crises intensas e recorrentes. 

 A prática regular de meditação pode ajudá-lo a sair dessas crises com mais facilidade e até mesmo impedir que você volte a ela novamente. Além disso, a atenção plena te capacita a lidar com os pensamentos negativos dolorosos causados pela ansiedade, por te proporcionar um maior controle sobre as suas emoções e sentimentos.

5- Fortalecimento das conexões cerebrais

Em 2010, o Dr. Norman Farb (Professor Assistente do Departamento de Psicologia da Universidade de Toronto Mississauga, Canadá) e seus colegas realizaram um estudo para descobrir se as pessoas que meditavam regularmente reagiam à tristeza de maneira diferente.

Os resultados demonstraram que sim, a diferença existia. As pessoas que meditavam, experimentavam o sentimento de tristeza, sem se envolver nele ou piorá-lo com pensamentos preocupantes, enquanto os não meditadores usaram ficavam presos em pensamentos sobre tristeza, como “por que me sinto assim?”, “como posso parar com isso?” “tem alguma coisa errada”.

Essa diferença se deu principalmente pelo número de conexões mentais, que era maior nos meditadores, favorecendo o pensamento mais claro. De uma maneira simplificada, é como se a meditação agisse como um exercício físico para a mente, deixando os axônios mais densos, quase como se estivessem musculosos!

Não sabe como começar a prática da meditação?

Então você precisa conhecer o nosso aplicativo Flow! Baseado em ciência e desenvolvido por psicólogos, ele mostra como tornar a meditação regular uma parte de seu tratamento sem medicamentos. Você pode fazer o download quando estiver pronto (é 100% gratuito, para sempre) e começar sua jornada para uma mente mais calma e tranquila.

cansaço mental

Como lidar com o cansaço mental no fim do ano

O fim do ano está chegando, e com ele a sensação de cansaço. Parece que toda a tensão do ano foi aos poucos se acumulando, e você já não se sente com a mesma energia de antes. Os dias passam mais devagar, você começa a se sentir mais desmotivado, emotivo e irritado. 

Todos esses sintomas são clássicos do cansaço mental causado pelo estresse. A ansiedade para as férias, festas de final de ano, para estar com as pessoas que amamos também contribui para essa sensação de “não aguentar mais”. 

Além dos sintomas psicológicos, o cansaço mental, quando não dado a devida atenção e cuidado, pode desencadear uma série de sintomas físicos. Isso acontece pois, ao longo prazo, o estresse se torna crônico, deixando o seu corpo em um estado constante de hipervigilância.

Quais sintomas você deve estar atento?

– Dor no corpo sem causa aparente;

– Tensão muscular;

– Insônia;

– Ficar doente com frequência;

– Distúrbios gastrointestinais;

Esses são alguns do sinais que o seu corpo pode estar te dando de que você não está lidando corretamente com o estresse. É sempre bom lembrar que, qualquer sintoma que você esteja experienciando de maneira recorrente é importante que você busque ajuda profissional para descartar outras possíveis causas!

Além dos sintomas físicos, alterações no humor, crises de ansiedade e até quadros depressivos podem ser frutos de um estresse acumulado que não foi tratado a tempo. 

Por isso, para evitar que o cansaço no fim de ano se torne algo muito pior, aqui estão algumas dicas de como lidar melhor: 

– Melhore a alimentação: Escolher os alimentos certos pode fazer toda a diferença na hora de controlar o estresse e a ansiedade e minimizar os sintomas depressivos. Para saber mais, acesse o nosso guia prático de alimentação 

– Adicione pausas à sua jornada de trabalho:  Fazer pausas a cada 20, 30 ou 40 minutos vai te ajudar a combater a fadiga, além de melhorar sua disposição e criatividade. Nesses intervalos, você pode aproveitar para fazer alguns alongamentos ou uma breve caminhada.

– Melhore a qualidade do seu sono: Noites melhores são sinônimo de dia melhores! Preste atenção em como você tem dormido, não só na quantidade de horas, mas na qualidade do sono. Se a insônia tem sido um problema, você pode investir em técnicas de higiene do sono.

– Inclua a meditação nas suas atividades diárias: Meditar pode ser uma excelente opção para reorganizar os pensamentos, diminuir a ansiedade e relaxar o seu corpo.

– Faça atividades físicas: Se exercitar ajuda na liberação das endorfinas, que são hormônios responsáveis pela sensação de bem estar que te ajudam a diminuir o estresse.

Como o Flow pode te ajudar?

Você pode nos seguir em nossas redes sociais e acompanhar o nosso blog! Nesses canais você encontra dicas para lidar com o estresse, como aliviar os sintomas da ansiedade, atividades e mudanças de rotina que vão te auxiliar em momentos difíceis e muito mais!